Beber Coca-Cola não é bom. Quase todo mundo sabe disso, mas muita
gente ainda sucumbe a essa bebida que, na minha infância no era comprada no fim
de semana. E olhe lá!
Nos dias de hoje, tem gente que toma todo santo dia. Até bebezinho
toma. Na mamadeira!
A bebida, que tem uma fórmula secreta guardada a sete chaves,
engorda, dá dor de estômago, enche a barriga de gases e até desentope ralo. A última
que me contaram – e que eu não testei – é que ela ajuda a remover cola daqueles
adesivos grudentos.
Mas não resolvi escrever esse post para listar os malefícios
desse refrigerante. A ideia do texto pipocou na minha cabeça no começo do ano como
um desabafo, quando vi a campanha de marketing da dita cuja. Há vários vídeos
no youtube.
A mensagem, resumidamente, estimulava o gasto das 123
calorias da Coca-Cola (aqui no Brasil foi usada a garrafa de 290ml. Em outros
países, a campanha considerava 139 calorias, contidas em uma latinha de 350ml) em
atividades como dançar, levar o cachorro pra passear, gargalhar com os amigos,
ir para o trabalho de bicicleta entre outras.
Na época, achei a campanha um tanto descabida, pois beber
Coca-Cola e ter uma vida saudável são coisas completamente opostas. Além disso,
não eram calorias vindas de cereais, frutas ou afins, que sabidamente oferecem
nutrientes importantes para o organismo. Eram calorias provenientes única e exclusivamente
do açúcar contido no refrigerante.
Mas a ideia de escrever o texto murchou e ressurgiu esses
dias, quando li que a campanha foi tirada do ar no Reino Unido porque a
propaganda não deixa claro que é preciso realizar TODAS as atividades listadas
para queimar as calorias contidas naquele volume do refrigerante.
Segundo o órgão regulador de lá (semelhante ao nosso Conar),
a propaganda enganosa está no fato de a mensagem não ser clara que o consumidor
deve fazer as várias atividades sugeridas para queimar as míseras 123 calorias
que vieram da Coca-Cola que ele tomou.
Foi isso que me deixou surpresa. O órgão não está dizendo “não
tome Coca-Cola”, mas punindo a empresa por oferecer informação incompleta.
É claro que eu seria muito ingênua em pensar que algum órgão
fosse capaz de retirar o produto do mercado. Afinal, a empresa patrocina desde
futebol até congresso de nutrição e festival religioso na Índia!
Ao saber da decisão, a Coca-Cola declarou estar desapontada,
pois o objetivo da campanha era de sugerir maneiras divertidas para ajudar no controle
da ingestão energética diante do crescimento da obesidade, já que o combate à
obesidade é um compromisso global da companhia.
Pode uma coisa dessas?
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