Por Ana Ceregatti
Nutricionista
www.anaceregatti.com.br

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ômega 3

Se tem um nutriente que eu adoro, é esse! O ômega-3, que também pode ser chamado de ácido linolênico, é um tipo de gordura que o organismo não consegue fabricar e que, portanto, precisa ser obtido através dos alimentos.

Sua principal virtude é melhorar os processos inflamatórios no nosso corpo, ajudando, por exemplo, a aliviar cólicas menstruais, reduzir dores articulares, acelerar processos de cicatrização (seja de uma cirurgia ou de uma tatuagem) e a proteger as paredes dos vasos sanguíneos.
Uma das principais fontes é a linhaça.

Pelo seu importante papel no organismo, recomenda-se o consumo diário de linhaça, seja da semente (preferencialmente moída em casa – é só bater no liquidificador e guardar em pote de vidro, dentro da geladeira) ou do óleo. Da semente, bastam 2 colheres de sopa; do óleo, 1 colher de chá. Todo santo dia!
Para os vegetarianos, essa será a principal fonte, que poderá sem complementada com o consumo de castanhas e de óleos, como o de canola ou de soja (os mais ricos em ômega-3).

Para os onívoros, essa também será a principal fonte, por suas razões: 1) culturalmente, os pescados não são consumidos com frequência; 2) a carne de peixe que chega ao prato de muita gente não foi pescada no mar, mas cultivada em tanques e, portanto, não contém ômega-3.

Então, descubra onde fica mais fácil incluir a linhaça na sua vida: misturada na fruta, salpicada na salada, sobre o arroz com feijão, no mingau, no suco ou onde seu paladar desejar. O importante é automatizar o consumo, construir uma rotina. Depois, é só desfrutar dos seus inúmeros benefícios!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Campanha Segunda sem Carne

Lançada pela primeira vez na cidade de São Paulo pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), em parceria com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, a campanha Segunda sem Carne convida a população a fazer suas refeições todas as segundas-feiras sem qualquer tipo de carne e derivados.

Há várias benefícios obtidos com a exclusão das carnes em apenas um dia da semana. Benefícios à saúde, ao meio ambiente e aos animais.

Esse vídeo traz um resumo do lançamento da campanha em SP. Tive a honra de participar dele, falando um pouco sobre as questões de saúde. Está logo no comecinho, perto dos 2 minutos de gravação. Mas vale a pena assiti-lo até o final!

Clique aqui e assista ao vídeo.

Para mais informações sobre a campanha, acesse: http://www.segundasemcarne.com.br/

terça-feira, 10 de julho de 2012

Bolo de aveia com limão

Simplesmente delicioso e mega fácil de fazer! E, ainda por cima, fica pronto rapidinho, não usa fermenteo e nem farinha.

É rico em selênio e em fibras. Delicie-se!

Ingredientes:

3 xícaras de chá de aveia em flocos
2 xícaras de chá de coco ralado
2 xícaras de chá de água quente
1 xícara de chá de castanha-do-pará
1 xícara de chá de uva passa
1 colher de sopa de rapas de limão
4 colheres de sopa de melado
1 pitada de sal marinho

Modo de preparo: bata a castanha no liquidificador com a água quente, misture os outros ingredientes e leve para assar em forma retangular, em forno quente


domingo, 8 de julho de 2012

Vitamina B12

Esse é um nutriente que desperta muita preocupação por quem decidiu excluir as carnes da alimentação ou por quem está pensando em adotar uma alimentação vegetariana. Basicamente porque essa vitamina só é encontrada em alimentos de origem animal.

Sua deficiência afeta várias partes do corpo, especialmente as células vermelhas do sangue e o sistema nervoso, podendo levar a dificuldades para distribuir de forma eficiente o oxigênio para as células e a formigamento/adormecimento das extremidades (mãos e pés). Cansaço, falta de concentração e irritabilidade podem ser sinais de várias coisas, inclusive de falta de B12.
A vitamina B12 também é importantíssima durante a gravidez, pois ela é um dos nutrientes principais para a formação do sistema nervoso do bebê. Por isso, gestantes vegetarianas (ovolacto ou veganas) têm que redobrar a atenção aos níveis dessa vitamina no sangue.
Mas não são somente os vegetarianos que devem prestar atenção à B12. Onívoros, que consomem regularmente boas fontes dessa vitamina, como as carnes, também podem ter carência desse nutriente no organismo. E isso é mais comum do que se imagina.
E por que isso acontece? Porque para a B12 ser absorvida no intestino, ela precisa se ligar a uma substância produzida pelo estômago, chamada fator intrínseco. Quando há problemas nesse órgão – o que hoje em dia é muito comum – esse fator pode não ser produzido adequadamente. Assim, a vitamina B12 é ingerida, mas não consegue se ligar à substância que a colocará para dentro do nosso corpo, sendo eliminada nas fezes.
Fica então a dica: se você é vegetariano, se come carnes esporadicamente, se tem (ou teve) algum problema crônico no estômago ou se está grávida, procure ajuda especializada e faça uma avaliação do estado da vitamina B12 no seu organismo. Sendo detectada alguma carência, será necessário fazer uma suplementação, que poderá ser prescrita por um médico ou por um nutricionista.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cochonilha

 
Nome estranho esse! Mas muita gente come todos os dias e nem sabe. Sinônimo de corante carmim, essa substância está presente em vários alimentos industrializados. Até aí tudo bem, não fosse pela sua procedência.
O corante carmim ou cochonilha, que é usado em vários produtos alimentícios para conferir ao produto uma cor próxima ao vermelho, é obtido a partir da maceração de uma espécie de inseto chamada Dactylopius coccus. O produto final é um pó avermelhado, muito estável ao calor, à oxidação e a variações de acidez (pH), características muito interessantes à indústria de alimentos.

São necessárias 70 mil fêmeas desse inseto para se obter meio quilo de corante. A partir daí, dá para ter uma ideia de quantos insetos são usados para abastecer a indústria alimentícia e fabricar uma variedade de iogurtes, biscoitos, geleias, sorvetes, sucos, doces, bebidas alcoólicas, etc. A cochonilha também faz parte da composição de medicamento e de cosméticos. Então esse número deve ser mesmo bem grande!
Iogurte e sorvete de morango, bolacha recheada de chocolate, suco artificial de goiaba e gelatina de uva são alguns exemplos de produtos que têm cochonilha na sua composição. Mas, como adoro ler rótulo, já vi esse corante em suco artificial de laranja, que teoricamente é amarelo-alaranjado. Quer ter certeza? Leia sempre os rótulos!

Fica então uma sugestão de reflexão. O corante carmim de cochonilha é utilizado basicamente em produtos alimentícios totalmente dispensáveis à nossa alimentação. Assim, reduzindo o consumo dos mesmos, podemos ter dois grandes benefícios: demanda por menor quantidade de insetos mortos e mais saúde – pois estou partindo da premissa que esses alimentos serão substituídos por outros mais naturais e mais nutritivos, que engordam menos e que têm menos quantidade de sal, açúcar e gordura saturada e trans.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tira o glúten?

Ontem, atendi uma pessoa no consultório que me perguntou porque tinham tirado o glúten da alimentação dela se ela não tinha nenhum problema de saúde.

Achei que essa poderia ser uma dúvida de outras pessoas - até porque já ouvi o mesmo questionamento outras vezes. Então, resolvi escrever um post sobre isso.

De uns tempos para cá, o pobre do glúten virou um bandido total. Ele é realmente um vilão para quem sofre de doença celíaca ou de dermatite herpetiforme. Mas agora, até pessoas saudáveis o temem. Em geral, sem motivo algum.

O glúten, que deve sim ser totalmente excluído da alimentação de quem tem uma das duas doenças acima, é uma proteína encontrada em alimentos contendo trigo, centeio, cevada, triticale ou aveia. Nessas pessoas, ele causa reações alérgicas que comprometem o funcionamento do intestino e consequentemente a saúde como um todo.

A declaração encontrada nos rótulos dos alimentos, de conter ou não glúten, é obrigatória por lei justamente para não colocar em risco a saúde dessas pessoas.

Agora, quem não tem nenhuma dessas doenças - que é a maioria da população - não precisa buscar por alimentos sem glúten. Isso complica muito a vida da pessoa, especialmente porque na nossa cultura o trigo está muito presente.

Quem não tem nenhuma dessas doenças precisa sim buscar alimentos mais naturais, minimamente processados, como o arroz e o feijão, ou que sairam diretamente da terra, como as frutas, as verduras, os legumes, as castanhas e as sementes.

Então, se não tiver alergia ao glúten, pode comer o que contém glúten!
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